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The S Word

The S Word

30
Nov22

Archer

Estou viciada nesta série à mais de três semanas e nem si porquê! Não é de todo o meu tipo de humor - ou pelo menos eu pensava que não era - mas que estou colada, estou mesmo! Já vou na 9º temporada, mas primeiras 5 foram vistas em menos de 4 dias.

Desculpem a baixa qualidade, mas não encontrei um trailer melhor da 1º temporada.

29
Nov22

Memorias de Natal

Com o meu aniversário já passado, cheira finalmente a Natal e, com ele, veem as memorias de tempos que parecem mais distantes do que realmente são.

O nosso natal começava no dia 23. Celebrava-mos o aniversário da minha mãe durante todo o dia até chegar a noite e irmos todos para casa dos meus avós onde o forno de lenha esperava o meu pai. Com bolos já na mesa da sala de jantar e polvo, peru e bacalhau condimentados, ainda faltavam algumas sobremesas, cortar as batatas e meter tudo no forno de lenha.

Era assim que nos preparávamos para a Véspera e para o Natal: a minha avó e a minha mãe na cozinha de volta de bolos, batatas e pudins. O meu pai a orquestrar o forno de lenha como um maestro enquanto eu vi-a a RTP2 e os desenhos animados natalícios que por lá passavam enquanto ou lhe fazia companhia a ele, ou ia para casa ver no que a minha avó e a minha mãe estariam a trabalhar.

A mesa da sala de jantar era enorme. Sempre com aquela toalha vermelha e branca de natal e as sobremesas dispostas quase sempre da mesma maneira todos os natais. O bolo de vinagre e o pudim nunca faltavam, pois eram os meus favoritos. Os pinhões eram os primeiros a desaparecer comigo e o meu irmão a mete-los na boca até não caber mais e mal poder-mos mastigar.

A árvore de natal e o presépio teriam sido montados por mim e pela minha avó no dia 1 de Dezembro. As mesmas fitas. As mesmas luzinhas. As mesmas figuras. E um toque de farinha espalhada pela árvore e pelo presépio para parecer neve. 

No dia 23 as prendas também já lá estavam e eram sempre muitas. 

Lembro-me de ficar-mos acordados a ver a SIC de 24 para 25 porque o meu pai só nos deixava abrir as prendas à meia noite e eu e o meu irmão ficávamos a olhar para o relógio da sala a contar os segundos até as 12 badaladas.

Certo ano, tudo isto desapareceu. Já nem me lembro bem porquê. Possivelmente quando mudamos de casa depois de outra enorme discussão entre a minha mãe e a minha avó. E os bolsos também começaram a diminuir.

O Natal foi perdendo a magia e começou a ser um dia como os outros só que com mais doces e bolos que o normal.

Quando finalmente me mudar e começar a morar com a Angel quero tentar reviver a magia do Natal. Embora seja-mos só duas, quero passar o dia 23 a cozinhar doces e bolos e no fogão a fazer prato da época. Quero enfeitar a árvore no dia 1 e deitar-lhe farinha para fazer de neve. Quero uma mesa com uma toalha vermelha e branca e os doces todos lá em cima. Quero presentes. Quero ver filmes natalícios na TV enquanto esperamos pelas 12 badaladas. Quero reviver o Natal que me fazia feliz.

28
Nov22

...

Nos últimos meses a minha vida tem sido regida por medos irracionais que me cortam a vontade de avançar. Sair. Conviver. 

Passo a passo, muito lentamente, sinto uma melhora e cultivo uma certa esperança de que tudo se endireite. Embora parte de mim sempre duvide.

 

27
Nov22

...

O meu aniversario foi o primeiro na família depois da minha mãe ter falecido em Julho.

O dela seria o próximo, um dia antes de natal, o que torna a quadra por si só mais sombria.

Durante algum tempo vai custar mais. Não vai ser ela a enfeitar a árvore. Os bolos e doces que ela fazia vão desaparecer da mesa. O bolo rei que costumávamos comprar mal começava Novembro pois ela gostava tanto não entrara em casa.

O verão nunca mais será o mesmo. A festas da aldeia vão sempre ter um gosto amargo. A musica popular vai despertar dor e trazer lágrimas aos olhos, por mais animada que a melodia seja. 

Nunca tive tanta noção da minha mortalidade e das pessoas que me rodeiam como agora.

A morte assombra-me. 

Por vezes consigo falar nela sem sentir aquela pontada no coração. Deixa-me algo contente, lembrar-me das pequenas coisas as quais em vida nunca demos grande importância.

O tempo cura, eu sei. Mas foi o meu primeiro encontro com a morte de perto e marcou com ferro quente.

Só posso esperar que o tempo tudo leve, mas deixe ficar o bom.

26
Nov22

Nós

Lembro-me da primeira vez em que te abracei. Fi-lo antes mesmo de te olhar o rosto. Foi como se o mundo passasse realmente a ter sentido, o vazio tinha desaparecido, já não me sentia só.

Mas esse foi apenas o começo.

Hoje a tua voz é o suficiente para me alegrar. Suave. Como se já a conhecesse de outras vidas. 

Por vezes as palavras escacam, mas os teus olhos são suficientes. O teu sorriso.

Estava nervosa da primeira vez; tudo dentro de mim tremia. A segunda vez foi muito parecida. Talvez um pouco menos emocionante devido a acontecimentos menos bons da vida, mas ter-te nos meus braço foi como uma lufada de ar fresco que prometia paz.

Os dias ao teu lado passam terrivelmente depressa. E quando te vais, o silencio que costumava ser confortante torna-se assustador. Frio.

Pagaria para poder dormir ao teu lado todos as noites. Para ouvir o teu riso encantador todos os dias.

Amar-te é sempre tao fácil.

24
Nov22

...

Quarta feira. A primeira com 22 anos.

Não sei quanto a vocês, mas sempre que se passa mais um aniversario ou um novo ano, eu fico sempre com aquela sensação de novo começo; tudo ira mudar e posso recomeçar sem os mesmos erros de antes. E, como sempre, esses pensamentos ficaram só por isso: pensamentos. Segunda chegou e cai na mesma rotina.

Os dias continuam cinzentos, o frio ainda se faz presente e a chuva cai do outro lado da janela. 

Nada de novo. Nenhum interruptor foi clicado e o mundo não mudou.

Hoje queria passar pelo rio, ir ao shopping, sair um pouco de casa, mas estava a chover tanto que o beiral de pano da casa a frente da minha rebentou. Ainda olhei para o chapéu de chuva, mas com o vento que estava o pobre coitado viraria flor em menos de dois segundos.

Fiquei por casa, mais um dia, no Youtube e a jogar Sims, com o Stromae em plano de fundo a acompanhar a chuva.

18
Nov22

...

Hoje o dia acordou cinzento.

Meio melancólico, meio parado. 

A noite foi passada entre tombos, a virar-me de um lado para o outro. Entre o primeiro post num blog novo depois de tanto tempo e a minha mente que não é a maior fá de descanso, acabei por adormecer perto da uma da manha. Podia ter dormido mais, mas acordei com o barulho das obras na minha rua às 6 da manha. 

Honestamente, e sequer permitido começar a usar martelos pneumáticos a essa hora? 

17
Nov22

O Inicio

S.

Já dei as minhas cartas na blogosfera à algum tempo. A minha antiga residência já não estava ativa a talvez mais de um ano. Pensei em apaga-la, mas não achei coragem para tal. Embora já não seja a pessoa que era, ainda é parte de mim. 

Comecei a sentir que as paredes já não eram minhas. Tinha descoberto novas portas, novos andares. Não mencionando as pessoas que descobriram o endereço e das quais me quero manter afastada. 

Precisava de um novo começo.

Algo fresco. 

Mais espaçoso.

Um novo capitulo.

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