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The S Word

The S Word

11
Jan23

Calmaria

Hoje foi um dia calmo como já não tinha à algum tempo.

Bebi o café na varanda e lá me sentei com o computador ao sol.

Acabei por também trazer os materiais de pintura para a varanda  e fiquei por á durante duas horas no meio de telas, pinceis e ar livre.

Fiz um currey para ao jantar e comi na cozinha enquanto vi-a Stranger Things que não sei se acabo hoje, porque a caminha já chama.

10
Jan23

Simplesmente uma carta de amor

Estive presa numa relação tóxica durante mais tempo do que deveria. Muito por minha conta, guiada por esperanças que me eram dadas, recusando-me a largar o que todos me diziam estar a corroer-me por dentro e por fora.

Algures em 2021, houve um clique. Disse-lhe as ultimas palavras, deixei claro que não a queria no novo capitulo da minha vida e segui em frente. Vi pessoal casualmente, sem qualquer intenção de começar uma nova relação tão cedo mas...o que as pessoa dizem é verdade: As coisas acontecem quando menos se espera.

No começo foi estranho. Estar com alguém sem haver aquela tensão sombria e pesada entre nós. Tudo parecia simples demais. Demasiado fácil. Onde estavam as discussões diárias? O atirar de coisas contra as paredes? O suster da respiração quando sentia que algo estava errado? As palavras e olhares frios só por ficarmos umas horas sem falar, sem saber se o amor de uma hora continuaria na seguinte?

Durante os primeiros 5 meses foi difícil aceitar que podia ser simplesmente assim. Feliz.

Rir só porque sim. Sentir um calor por dentro só de lhe ouvir a voz. Ser recebida com entusiasmo quando chego a casa depois de um dia atarefado.

Estava tão habituada a uma realidade mais opressora que foi difícil aceitar o porto seguro que encontrei muito por acaso. Alguém com a qual podia simplesmente ser eu.

Podia finalmente vestir o que queria, cortar o cabelo como me apetecia, cantar à mesa, abrir a boca sem medo de dizer algo errado que estragaria o dia.

Tenho sorte de a ter nesta fase complicada da minha vida, quando estou a recomeçar de novo depois de anos perdidos.

Consigo finalmente compreender o que é o "domestic bliss" de que tantos falam. Fazer o pequeno almoço e sentar-mo-nos na varanda a beber café pela manhã mesmo sem falar, só a aproveitar o sol que decidiu espreitar sem sentir desgaste por mais tempo que passemos juntas. 

Realmente perceber do que se trata o amor. Tão nosso e só nosso sem necessidade de artificialidade mesmo nos dias maus.

Ama-la todos os dias um pouco mais.

09
Jan23

Perdas

Desde que a minha mãe nos deixou, todos andamos de mal a pior. O meu irmão e o meu pai possivelmente os piores casos. Desde o fim de novembro até agora que as coisas com eles têm deteriorado rapidamente. Já aconselhei ambos a procurar ajuda; um psicólogo, um psiquiatra, mas ambos me dão a mesma resposta.

"Não preciso."

 A saúde mental de ambos está a sair de mão e, por mais que eu fale e aconselhe, desvalorizam. Não sei mais o que fazer ou dizer para os ajudar nesta situação.

07
Jan23

Casa Nova

Desde que vim para a casa nova, depois do Ano Novo e Natal passado em familia, tenho me sentido um pouco solitária. A primeira noite foi horrivel. Estava depressiva e ansiosa, arrependida de ter vindo para a casa nova mais cedo. No dia seguinte já tinha passado, mas essa noite foi negra.

Não tenho comido muito, tanto por preguiça como por falta de vontade e hoje deveria ter sido diferente. A Angel também voltou a casa e era suposto jantar-mos juntas, mas eu adormeci a meio da tarde e ela comeu entretanto sem mim. Quando acordei foi ela para a cama, cansada da viagem. Ainda ficou acordada um pouco para conversar-mos, mas depois fiquei novamente sozinha. 

É dar tempo ao tempo até me habituar a isto.

05
Jan23

Não há boa bola

Agora que isto do Mundial acabou, a bola está um bocado chata - pelo menos para mim, que só ligo à seleção. E sem jogos de hockey para ir ver, ando um bocado ressabiada com o desporto. Já não o posso praticar por doença, mas agora nem ver? O mais parecido que ando a ter com entretenimento futebolístico minimamente interessante é o vizinho da frente que se põe a jogar basquetebol no jardim de manhã enquanto bebo café.

01
Jan23

Querido pai

Depois de uns diazinhos sem cá vir porque o meu pc decidiu falecer, cá estou de novo! Espero que tenham tido umas boas festas e uma boa passagem de ano.

A minha não foi das melhores. O meu pai anda muito abatido porque passou o primeiro aniversário de casamento, o primeiro natal e passagem de ano sem a minha mãe. Não queria celebrar nada - o meu irmão, eu e os meus avós é que o empurrava-mos para as coisas - e é compreensível...até ele começar a explodir com a frustração para cima de mim e do meu irmão. Não podíamos abrir a boca que começava a discutir connosco, começamos a andar com pezinhos de lã na casa sem saber se podíamos ou não falar sequer até que, dia 29 na casa dos meus avós, ele começou a discutir comigo só porque lhe perguntei se estava tudo bem, a acusar-me que não o ajudava em nada - eu, que o ajudo a tratar da roupa e da cozinha quando estou em casa dele e que lhe faço companhia sempre que lá estou. Eu, a única que tenta e fala com ele para ele conseguir desabafar. Isso magoou bastante, mas o caldo entornou quando eu lhe disse que tinha cuidado da casa e da minha mãe quando ela estava doente durante os 6 meses da pandemia completamente sozinha (para lhe tentar dizer que o compreendia, mas não chegamos ai) e ele começou a gritar a dizer que tinha sido só uns dias...6 meses de aulas, cuidar da casa e da minha mãe, trancada em casa, sem falar com ninguém com uma pressão enorme para não falhar nada. 6 meses que me arrastaram para um poço depressivo do qual ainda estou a tentar sair com ajuda do meu psiquiatra. 6 meses transformados em meros dias na cabeça dele. Isso acabou comigo. Comecei a chorar e a gritar de volta. Ele apenas me virou as costas e saiu.

Ele nunca vai pedir desculpa nem falar sobre o assunto novamente. No máximo vai começar a agir normalmente como se nada se tivesse passado e esperar que eu faça o mesmo - como era normal - mas não consigo mais. Custa-me imenso estar chateada com ele. Adoro-o. Foi o meu melhor amigo durante a maioria da minha vida. E agora com a morte da minha mãe tenho uma enorme paranoia e recuso-me a estar chateada com quem quer que seja porque tenho medo que morram sem nos dar-mos bem. Isto tudo acumulado deixa-me com um sentido de culpa horrível por ainda não ter dito nada, mas não consigo esquece-lo. Doeu tanto. A maneira como fui tratada. As coisas que foram ditas. Não tenho capacidade para simplesmente olhar para ele e falar como se nada disto tivesse acontecido.

Não sei como vou sair disto. Ainda não lhe vejo o fim. Mas espero que seja rápido. Que ele tenha coragem o suficiente para realmente vir conversar comigo sem se meter aos gritos.

Numa nota melhor: Já é ano novo então...já comprei outro livro! Finalmente o ultimo da coleção Harry Potter com as edições originais que me custou os olhinhos da cara. Foi, possivelmente, o livro no qual gastei mais dinheiro nos últimos 5 anos, mas já cá está! É o que importa.

 

23
Dez22

Não há mais livros até ao ano novo

Dizia eu. Mas depois tropeço na edição da qual eu estava à procura do Harry Potter e os Talismãs da Morte por um valor razoável e - claro - tive que o comprar. Já os vi por 45€ e mais, queriam mesmo que eu o deixasse ir por 25€? Nem pensar. E mal ele chegue a coleção fica oficialmente completa e posso seguir para outras beiras!

 

 

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