Janeiro Branco
Durante os últimos 8 anos tenho travado uma luta com a minha saúde mental.
Tenho tido os meus altos e baixos, principalmente com o fim da minha antiga relação, a pandemia e o desaparecimento da minha mãe, muitas das vezes sem qualquer apoio emocional, completamente abandonada à deriva.
Pedi muitas vezes ajuda e muitas outra fui ignorada ou ridicularizada, feita de maluca, ao ponto que deixei se quer de procurar consolo fosse em quem fosse, fechando-me em mim mesma. Até que um dia percebi que estava a bater no fundo e fui eu bater a portas, procurar por apoio profissional.
Entre psicólogos e psiquiatras, tenho tentado levantar-me quando a vida me deita a baixo.
De momento estou a testar um novo psicólogo, pois a anterior deixou-me, mas dou todos os louvores ao meu psiquiatra que me tem ajudado incansavelmente.
Sento que perdi os últimos 5 anos da minha vida para a depressão, a ansiedade e outros distúrbios e culpo-me por isso. Mas com esta ajuda que encontrei, a medicação, o conforto, estou a tentar viver a minha vida novamente. Um recomeço que não seria possível se eu não admitisse que precisava de ajuda e tentasse agarrar as mãos estendidas.